terça-feira, 11 de dezembro de 2012

30 anos emperolados em Deus



“O Senhor é meu pastor e nada me faltará”. Como de muitos outros casais, este foi também nosso lema bíblico. Depois de o irmão da Suzi, o Claudio trazer a Suzi até o altar, o meu irmão Heitor pregou, sobre o  Salmo 23 naquele 11 de dezembro de 1982, há precisamente 30 anos. Não era só o suor que corria pelos nossos rostos e corpos naquele sábado de muito calor em Novo Hamburgo. Corria emoção, alegria, sonhos, nervosismo, fé, amor, certezas e sonhos. Nosso “sim” perante Deus foi ouvido por uma “multidão de testemunhas”(só faltou o Seu Oscar, o pai da Suzi, que havia falecido dois anos antes) que enchia a igreja da Ascenção (a mesma onde havíamos recebido o batismo, confirmado nossa fé e por diversas outras vezes ocupado aquele altar em culto ou atividades comunitárias, em especial pela JENHA).
A primeira década foi marcada por estudo, em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, e na Alemanha. Ambas as formaturas e a designação para a primeira Paróquia. Foi na serra gaúcha que nasceu nossa filha Desirée (88) e foi de lá que no dia do seu segundo aniversário descemos para o sepultamento do vô Miro. Despedida e ordenação em Farroupilha foi um marco em nossas vidas e de impulso para a nova década.
Nossa curta passagem por Luzerna deixou marcas: bonitas lembranças e amizades eternas. Uma situação de enfermidade da Dona Ilse, mãe da Suzi, e um chamado para um ministério pastoral específico na área da Educação Cristã nos fizeram re-migrar para o Vale do Sinos. Os 9 anos de São Leopoldo foram cheios de experiências fortes, provações, provocações e novidades, muitas descobertas. Foi nesta segunda década que a Suzi se dedicou a alguns concursos públicos de magistério e eu fiz meu mestrado em Educação Cristã e belas experiências fora do pastorado (Câmara de Vereadores, PROAME, Governo Estadual). Mas a marca maior deste período foi o nascimento de nosso filho Guilherme(94). Comprar e morar em nosso chalé, com vizinhos e vida “normal” fortaleceu muito nosso casamento e vidas. Poder acompanhar a mãe e sogra em seu leito de morte e até sua ultima morada completou mais um ciclo ao ponto de nos permitirmos novas viagens, nova mudança.
Capital do Paraná, a tão falada Curitiba, foi o ninho deste último e terceiro decênio. O pastoral da Educação nas Instituições Martinus foi a ponte. A Suzi firmou pé no funcionalismo público municipal(inclusive se especializando em Educação Inclusiva). Sofremos muito com a doeça e morte do irmão/cunhado Pedro. O pastorado na “Vila Guaíra” foi a nova porta que Deus abriu. Foram 5 anos com a Desi longe da gente, morando na Alemanha e o Guilherme, aquele filho parceiro, junto da gente. Uma nuvem de verdadeiros amig@s foi se formando e ajudando a fortalecer nosso matrimônio e a enfrentar @s inimig@s que em proporção bem menor (mas com poder e força) também acabam se formando ao nosso redor. A represa da Vossoroca em Tijucas do Sul foi nosso refúgio secreto.
O 30º ano tem sido de um lindo oásis em meio a passagem por um deserto: começou com a aprovação do filho na UFPR, a volta da filha para o Brasil(trazendo junto o genro Lucas na mala.. ou foi o contrário...), meu chamado para uma Capelania na ACRIDAS, a venda da nossa casa e compra de um APÊ. E finalmente, hoje a noite a Variante 77, a mesma que nos levou em lua de mel trinta anos a trás, vai poder ficar na garagem, pois nos definimos por comprar um “carrinho” para Suzi. (A noite é uma criança...) Poder receber a sogra da Suzi, a Dona Nelci (minha mãe, hehe) ainda aos 83 para uma visita é uma benção, pra ela e pra nós.
Resumindo, o que nos tem sustentado até aqui foi a poderosa concha divina nos protegendo, emporolados NELE e nos fazendo crescer como pérolas suas (e esperamos) perólas na vida de outr@s.. Pérolas que querem neste dia abrir uma fresta da concha divina e cantar sobre o amor assim como Paulo “poetou” em 1 Co 13: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor na serei...”
1º de setembro o casal 30 cantando no casamento de uma casal de amigos
Obrigado por fazerem parte de nossas vidas e celebrarem conosco, em gratidão e oração, de nossas Bodas de Pérola.

sábado, 8 de dezembro de 2012

OPORTUNIDADES DISFARÇADAS DE OBSTÁCULOS

Parábolas, como narrações figurativas, são o recurso didático-pedagógico talvez mais antigo na história da educação humana. Ao longo dos tempos vêm sendo utilizadas para ilustrar e passar lições de vida. Se eu tivesse anotado todas as parábolas que ouvi nesta atual fase de transição e mudanças, sofrimento e dor pela qual passei(amos), causada pela (injusta) não renovação de meu contrato ministerial, teria(mos) montado um interessante compêndio. Reparto com vocês a primeira recebida, e a última encontrada.

“Deus fecha uma janela, mas abre uma porta”. (Essa foi a que mais ouvi no início do processo.) Toda parábola tem sua “dubialidade”(mistura de “dubiedade” com “dualidade”) e por isso deve ser enunciada e recebida com cuidado e discernimento. “Deus”, como facilmente colocamos, como fatalidade, não é responsável por tudo que acontece em nossas vidas e mundos. Limitações, pecados, maquinações humanas, acabem sendo, não poucas vezes, minimizadas pela famosa e fatalista frase “Foi da vontade de Deus!”. Por isso, uma autoanálise sempre nos ajuda a distinguir se é Deus ou as pessoas mesmas que fecham e abrem portas, para si e para os outros. Mas uma coisa tem ficado evidente: ter, desejar e assumir poder e autoridade sobre outr@s é um belo teste de coerência ética e espiritual. Tenho a convicção de que, quando Deus nos abre algo e nos coloca para dentro de algo não o faz por meio de “janelinhas”. Ele nos faz entrar e sair pelas portas que ele mesmo indica, abre e nos presenteia. Por isso no contraponto desta parábola compus a seguinte: “Se pessoas te fecham janelas, a presença do bondoso Deus, te conduz por novas porteiras. E em Deus há razão de viver."
“As oportunidades podem vir disfarçadas de obstáculos.” O tempo corre... Faz já dois anos que encaixotei meu escritório pastoral. Dois anos de muitos obstáculos superados, saltados, alguns derrubados, machucados... mas vencidos. Já partilhei(amos) numa “sorvetada” meu novo projeto de vida e ministério (ACRIDAS e MUTIRÃO ECUMÊNICO) sendo que só 50% deste se efetivou (no caso a Capelania na ACRIDAS). Já compartilhei(amos) nosso novo endereço residencial (temos que marcar uma visita pra vcs., amig@s, virem conhecer nosso APÊ.). E agora, um novo objetivo dentro de nosso plano de re-ação familiar se alicerça: a aquisição de um veículo. Muita ponderação, muita pesquisa, muita consulta a amig@s, muita oração, muitos cálculos... Até que o “inusitado” acontece... Uma amiga nossa lembra de um cliente dela que está vendendo seu carro. Na verdade, deixando seu carro numa concessionário, na compra de um novo. Nossa amiga intercede por nós e o cara decide vender seu carro direto pra gente... Coisa de Deus mesmo... e veja como ele usa pessoas para realizar suas ações e decisões... Em maio de 2010, comprei em um cesto de ofertas de uma livraria, o livro “Você pode vencer”(Ed. BestSeller). Trata-se de um daqueles best-sellers de auto-ajuda e motivação profissional conhecidos. O qual acabou ficando encaixotado pelas circunstâncias e agora, quando comecei a montar novamente minha sala de trabalho pastoral na ACRIDAS o reencontrei. E lá na página 120 o indiano (radicado nos EUA) Shiv Khera adverte e cita como um dos “20 motivos pelos quais não se alcança a excelência”, nossa tendência a “inércia para reconhecer a oportunidade”.

Ao fundo o Renaut Logan 2011 com entrega a domicílio
Estou(amos) ainda em busca da revel-ação plena destas OPORTUNIDADES que Deus está nos dando de crescer (se está vislumbrando alguma em nossas vidas no fale...). Estou(amos) abertos a provar a teoria e experiência de Shiv Khera de que “quanto maior o obstáculo, melhor é a oportunidade.” Para tanto, o fato de pararmos, para afiar o machado (Eclesiastes 10.10) tem sido muito importante. O encontro diário com Deus, o esporádico, mas regular com amig@s/irm@s, as leituras propositivas, uma roda de cantoria (entre outras coisas) têm renovado o corte a as forças. “Brigadu” por sua participação neste processo que só nós temos(ríamos?) que passar e vencer!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Quem deveria comemorar a Reforma?

Estamos atualmente vivendo a semana da reforma protestante. 495 anos, tendo o 31 de outubro de 1517 como marco histórico deste acontecimento. Em 2017 planeja-se comemorar os 500 anos. Minha pergunta, porém tem sido: Quem deveria comemorar a Reforma? Talvez os cristãos católicos por terem se mantido firmes desde então? Talvez os cristãos luteranos, pois afinal eles é que carregam o nome do reformador? Quem sabe os evangélicos como um todo, pois a final foi a partir da reforma que nasceram todas as outras igrejas? Ou então nem se deveria comemorar a reforma, pois ela na verdade denuncia a nossa imperfeição e incapacidade cristã de vivermos unidos sob a única e verdadeira Palavra de Deus. Independente da resposta que mais se adequa a nossa compreensão dos fatos, o mais importante é o resgate da redescoberta do evangelho que aconteceu neste momento da história da igreja cristã: que a salvação é graça de Deus.
Lutero na época era professor de bíblia num convento e no preparo de suas preleções sobre o livro de Romanos descobriu a grande verdade bíblica, reposta para todas suas perguntas angustiantes, de que “Justificados pela fé, temos paz com Deus, por intermédio de Jesus Cristo.” (Rm 5.1) Esta descoberta quebrou correntes e libertou a todos da falsa notícia de que a salvação seria alcançada por obra($) humana($). Esta é a grande benção que temos a comemorar: saber que Deus já realizou a grande obra da salvação através de seu filho Jesus e a nós cabe fortalecer o nosso desejo de louva-lo, amá-lo e servi-lo.
Infelizmente numa (auto)análise concreta e correta percebemos nos nossos dias uma regressão a essa prática como evangélicos. Não poucas vezes nos deparamos, especialmente em alguns cultos televisivos, com propostas de buscar a salvação e a cura através de ações concretas. Precisamos re-anunciar que não é a água buscada em tal lugar, ou um copo sobre a televisão ou qualquer outra atitude nossa que pode nos trazer algum benefício. Mas somente a graça e o amor de Deus. Mas nem por isso podemos nos abster de uma vida ética e ativa na obra do Senhor. Lutero mesmo incentivou e pregou que “Devemos orar como se tudo dependesse de Deus (e assim o é). E agir como se tudo dependesse de nós.” É só este incentivo e compreensão da Palavra que iniciamos uma nova semana de trabalho. E bem sabemos que isso só é possível acontecer e ser vivido por aquelas pessoas que podem dar o mesmo testemunho de fé que Lutero deu conforme preservado nas palavras de um hino de sua autoria:

“Fui prisioneiro de Satã
A noite me envolvia.
A minha vida, triste e vã,
Nas trevas se esvaía.
...
O eterno Deus se apiedou
De mim o infortunado.
De sua graça se lembrou
Voltou-se ao condenado.
O seu paterno coração
Deu, para minha salvação,
O que há de mais precioso.” :

JESUS
MOTIVO DE QUALQUER COMEMORAÇÃO!
ACRIDAS, 29.10.12

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A DANÇA DA MUDANÇA


Dança não só rima com mudança como tem tudo a ver com ela: a gente rebola um monte... sobe... desce... gira pra cá... gira pra lá... no fim tá muito cansado... mas feliz... Segundo os cálculos da minha esposa Suzi esta é nossa 12ª mudança em 30 anos de casados (que completaremos logo ali em dezembro). Mas esta foi diferente!!! Foi de uma casa para um “apertamento”. Deixamos 182 m² para trás e agora já estamos nos mexendo e vivendo dentro de 62 m². Mas não é só isso que foi diferente. Há mudanças que são planejadas e desejadas, há mudanças necessárias e adequadas ao momento, mas há as mudanças que são provocadas (por pessoas ou circunstâncias). Esta última é sempre mais difícil de assimilar. E a gente dança e rebola (transpira e chora) bem mais. Mas o mais importante é ver em tudo isso ainda o cuidado, a proteção e a ação de Deus, que sempre nos permite uma nova dança!!!!
O Salmista Davi no Salmo 30 reconhece e testifica uma mudança maravilhosa que Deus fez, faz e fará sempre em sua vida: “Tu mudaste o meu choro em dança alegre” (v.11). Por sinal é daí que vem o título de um livro que ganhei de presente de um amigo e irmão na fé quando da última mudança: “Transforma o meu pranto em dança” (Henry M. J. Nouwen – Ed. Saraiva). O Salmista talvez tenha experimentado em sua vida uma destas mudanças “provocadas”, pois ele começa o salmo com um forte grito de louvor a Deus, o Senhor, dizendo, “eu te louvo porque me socorreste e não deixaste que os meus inimigos zombassem de mim”. Ele “sacudiu a poeira e deu a volta por cima”. Interessante a concretude da experiência do salmista. Até em certo momento percebeu que Deus se escondeu dele e ele ficou com medo (v.7b). Mas ele, ao final de tudo, reconhece: “Ó SENHOR Deus, tu foste bom para mim e me protegeste...” (v.7a). “Mudaste o meu choro em dança...” “POR ISSO, NÃO FICAREI CALADO, MAS CANTAREI LOUVORES A TI.” (v.12).
Consideradas as proporções é assim que sinto e percebe este momento de nossas vidas. Estamos agora mais tranqüilos e felizes com a MUDANÇA e a NOVA DANÇA. Bem por isso partilhamos com vocês nosso novo endereço:
CONJUNTO RESIDENCIAL OURO NEGRO
Rua Itajubá, 644 Apartamento 202 – Bloco 4
Bairro Portão – Curitiba – CEP 81.070-190
Obrigado por todos e todas vocês AMIGOS e AMIGAS que dançaram, oraram e choraram conosco nesta fase de mudança. É sempre muito difícil citar nomes (pois a gente não quer esquecer ninguém), por isso é mais fácil lembrar das múltiplas profissões que nossos VERDADEIROS AMIGOS foram  assumindo conosco. Ao nosso lado estiveram amigos e amigas que se fizeram: corretora, enfermeira, socorrista, motorista, locador de carro, pastor/a, ouvidor, empregador e até de banco de empréstimo. Vamos nos lembrar sempre do que o SENHOR Deus tem feito – através de vocês – e vamos ser eternamente gratos.
Zeradas as contas (não só financeiras), vamos aos novos projetos, planos e desafios que Deus ainda tem preparado pra gente e com certeza as NOVAS DANÇAS que ainda virão.
Um abraço fraterno e solidário
Evandro (+ Suzi e Guigo)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

INVERSÃO DE PROJETOS


Atualmente o que tem nos ocupado mais, mesmo que involuntariamente, os olhos, os ouvidos e talvez ainda outros sentidos da vida tenha sido a propaganda eleitoral a nível nacional (com foco na governança municipal). Nesta semana, em especial as atenções para o 7 de setembro (mais pelo feriado até do que pela semana da Pátria), reforçaram (ou não?) nossa brasilidade. Ouvimos muito sobre os projetos para a nação e para os municípios onde residimos. Planos também daqueles e daquelas que pleiteiam uma função gestora ou legislativa. Mas como fica os PLANOS E PROJETOS DE DEUS nisto tudo?

Bíblicamente o Salmo 33.12 talvez seja a passagem bíblica mais lembrada e citada em devocionais ou reflexões e falas cristãs/evangélicas em tempos de eleição e de festejos cívicos. Em fim, a lembrança de que é “FELIZ A NAÇÃO QUE TEM O SENHOR COMO SEU DEUS!” e de que é “FELIZ O POVO QUE DEUS ESCOLHEU PARA SER DELE!” é bem propícia para tal momento.

Concretamente a algumas ações divinas bem importantes para nós hoje lembradas e testemunhadas pelo salmista:
- Deus acaba com os planos (v.10) maldosos e perversos que ameaçam a nossa vida, a vida da instituição que servimos e a vida da nação “cujo Deus é o SENHOR”. E ele coloca sobre nós o seu projeto, o seu plano de vida, pois “o que o SENHOR planeja dura para sempre” (v. 11);
- Deus olha do céu, e com esta sua visão panorâmica da humanidade, nos conhece a sabe muito bem do que necessitamos (v.13);
- Deus protege e guarda aqueles que o temem e confiam no seu amor. E esta sua proteção de paz, diferente das atitudes guerreiras de outros reis e senhores, nos cercam e nos põe a caminho (v.16-17);
- Deus nos salva da morte e nos conserva com vida (v.19);

Por isso pode se considerar FELIZ A PESSOA, A INSTITUIÇÃO, A NAÇÃO QUE TEM O SENHOR COMO SEU DEUS... E isto não é mérito nosso. É graça... escolha... vontade... divina sobre nós.  O que nos cabe é “POR NOSSA ESPERANÇA E CONFIANÇA EM DEUS” (v. 20-22).  Esta é inversão de poderes e projetos que deve acontecer em cada vida, em cada instituição, em cada nação. Isto é o que nos fará mais felizes. Difícil faze-lo com integralidade e totalidade e bem por isso devemos buscá-lo, sempre.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Como é bom ser conhecido


Atualmente, de forma geral no mundo, cada vez mais os relacionamentos são superficiais. As pessoas estão juntas, mas não se conhecem. No final já começamos até a achar que isso é o normal e acabamos nos fechando também. Mas saber-se conhecido por alguém é muito bom.

Biblicamente temos um testemunho muito lindo, poético e vivencial do Salmista Davi quando no Salmo 139 ele descreve como Deus o conhece e do valor disto para a sua vida. “Senhor, Tu me sondas e me conhece...” (Leia o Salmo 139)
Os detalhes deste modo tão detalhado que Deus nos conhece inicialmente nos pode até dar um desconforto. Saber que alguém está tão próximo de nós e nos conhece tão a fundo. Podemos ter até um sentimento de falta de privacidade. Contudo tal conhecimento profundo tem pelo menos dois objetivos centrais: (cf. o versículo 10)
1º) Assim Deus pode nos guiar
2º) Assim Deus pode nos ajudar

Concretamente é muito bom começarmos uma semana de trabalho relembrando isto. Deus nos conhece, como pessoa, e nos vai acompanhar nesta semana de trabalhado oferecendo sua mão, como guia e ajuda.
Deus nos conhece como Instituição, como ACRIDAS, sabe de nossas vidas e nossas necessidades e por isso vai, com sua mão, ser nosso GUIA e AJUDADOR.
Para que isso aconteça além de reconhecer que é muito bom ter um Deus que nos conhece, precisamos orar com Davi:
“Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos, Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139. 23-24-Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

Um abraço fraterno e solidário
Uma boa semana a todos e todas vocês amigos/as e colegas de trabalho.
Pr. Evandro
REFLEXÃO BÍBLICA
Culto de Início de Semana na ACRIDA
27/08/12 – 8:30

domingo, 1 de julho de 2012

Ação de Graças pela Colheita

Dentro da Agenda de Cultos da IECLB está proposto para o 24 de junho o Culto de Ação de Graças pela Colheita. Cada comunidade, porém, acaba adequando a data ao seu próprio calendário. A Comunidade da Consolação de Curitiba, por exemplo, celebrou seu culto de Ação de Graças hoje. Como estou interinamente como regente do Vocal Consolação compus, propus e cantamos um hino novo, mas com uma melodia popular já bem antiga(Chalana). Ofereço às/aos amigas/os e colegas o texto a baixo. Quem sabe alguém goste e queira fazer uso.
Um abraço fraterno e solidário
Evandro


IGREJA

Música: Chalana (Mario Zan e Arlindo Pinto – Corumbá-MS - 1943/44)
Letra: Evandro Meurer (Curitiba-PR – “Ação de Graças” Comunidade da Consolação - 2012)



La vai a Igreja
Unida a cantar
Rendendo ações de graças,
Em fé a louvar.

/: Ah! Igreja peregrina
Pedra viva do Senhor
Venha ser comunidade
De consolo e amor. :/

E assim crescendo vai
Em serviço e comunhão
Como barco navegando
Cumprindo a missão.

Quem oferta com alegria
E ajuda no sofrer
Ouvirá cantos de glória
De quem vem agradecer.

/: Ah! Igreja peregrina
Pedra viva do Senhor
Venha ser comunidade
De consolo e amor. :/



Textos motivadores:
Bíblia: Lucas 17.11-19; 2 Coríntios 1. 3-11, 9.6-15; Pedro 1.17, 2.4-11a, 4. 7-10; Salmo 118.
Tema do ano da IECLB: “Comunidade Jovem-Igreja Viva”


domingo, 17 de junho de 2012

EncontrARTE na ACRIDAS

"O primeiro a gente nunca esquece." Assim será com o ENCONTRO DE INICIAÇÃO MUSICAL - RITMOS BRASILEIROS. Foi minha primeira atividade organizada à frente da Capelania na ACRIDAS. Dentro do Programa EncontrARTE na ACRIDAS, 4 estudantes de música da UFPR - nossa "um pouco filha" Milena Castilho e seus colegas Augusto Mateus, Juliano Lamur e Samuel Strapasson ofereceram, em 4 sábados,  4 encontros muito alegres e de formação para acolhidos de 6 a 9 anos do Condomínio Julio Müller da ACRIDAS do Bacacheri. 
"Vivenciar diferentes ritmos brasileiros através de atividades de apreciação, execução e composição musical" foram os objetivos dos encontros. Mas na verdade foi uma troca de aprendizado e vivência. Os conteúdos versaram sobre "propriedades do som, grupos de instrumentos musicais e ritmos brasileiros" mas na verdade o maior conteúdo foi a troca de afeto e atenção.
Obrigado Crianças... Obrigado ACRIDAS... Obrigado Prof. Tiago Madalozzo do Departamento de Artes da UFPR... Obrigado vocês 4 pela dedicação... criação... vocação...
A foto foi da Aula Aberta com Mães e Irmãos Sociais e de Certificação dos que participaram. Um 9 de maio que vai ficar na lembrança da gente...  

domingo, 27 de maio de 2012

Dar e receber benção

O fim de semana do Dia das Mães deste ano foi especial: uma oportunidade de dar e receber benção. Minha mãe veio visitar o filho, a nora, o neto, a neta e o novo neto... e a filha veio, com o "marido", visitar a mãe, o pai, o irmão e encontrar a vó. Novo Hamburgo-RS e Jundiaí-SP vieram até a gente... E isto por dois motivos especiais: uma benção às mães... e uma benção a mim, em meu novo Ministério Pastoral na ACRIDAS.
No sábado, dia 12 de maio, um evento “2 em 1” acontecido no Salão de Festas da ACRIDAS chamado de “Café da Comunhão”, antecedido de uma benção às 10 Mães Sociais que atuam na ACRIDAS e por uma benção a mim como Capelão da ACRIDAS.
O domingo, dia 13, aquele churrasquinho, encomendado pela mãe Suzi, reunindo a família como não havia mais acontecido já há 5 anos... Uma benção e alegria...
Dar e receber a benção acontece em culto...em casa... através de uma oração... por meio de uma visita... um abraço... um bate-papo em que a gente não vê as horas passarem...
Este foi um Dia das Mães em que também o filho/pai foi contemplado com esta benção...
(P.S.: Na foto o momento em que Pr.Levy (Presidente da ACRIDAS) e eu (Capelão) orávamos e abençoávamos as Mães Sociais presentes ao evento) 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

6ª OFICINA DE MÚSICA SÍNODO PARANAPANEMA-IECLB

“QUE FINAL DE SEMANA RICO. TEOLÓGICA E MUSICALMENTE.” Assim falei suspirando aliviado e realizado ao final da 6ª Oficina de Música do Sínodo Paranapanema que aconteceu de 30 de março a 1º de abril em Palmeira-PR.

Acolhidos otimamente bem pelo casal Fischer fomos chegando aos poucos ao local do evento – o Centro de Retiros Monte Sião no final do dia 30. Aquele cachorro quente com molho de chucrute regado a abraços e reencontros estava uma delícia. E era só uma mostra do que seria aquele final de semana. A celebração de abertura, coordenada pelo Jerry (não o cantor Jerry Adriane e nem o famoso Ratinho, “amigo” do Ton, mas sim o Jerry Fischer), o Pastor hospedeiro, foi marcante na música, na simbologia e na reflexão. Nos deixamos renovar pelo clima de ramos e da semana santa. Ainda antes de o sono chegar recapitulamos com o P. Evandro “A cruz como critério para avaliação do conteúdo do canto” (abordado por ele na 5ª oficina). O exercício prático de “checar” se o que cantamos tem uma mensagem cruzcêntrica foi com base no hino “Reflexão Noturna”, resgatado, do fundo do baú musical da IECLB, do LP da 1ª MUSISACRA (1ª Festa da Música Sacra da IECLB-1986). E assim cantamos em uníssono e enganchados uns aos outros: “A noite cai é mais um dia que se foi...”.

O sábado começou ao som de gaita e violão: “Vá se chegando meu amigo e vá entrando...” foi o convite do Devocional após o café da manhã, quando o P. Evandro trouxe a palavra do salmista como motivação inicial daquele que seria um dia de muito trabalho musical: “Cantem uma nova canção a Deus, o Senhor.” (Salmo 96.1a). O desafio colocado pela coordenadora sinodal Lislie Koester foi de, conforme opção feita na ficha de inscrição, nos dividirmos em dois grupos/oficinas e trabalharmos musicalmente os 10 hinos a serem incluídos na liturgia do culto de encerramento da oficina no domingo de manhã.

Uma das oficinas, coordenada pela Professora e Gerente Gisella Olsson Schlagenhaufer, se ocupou com a parte vocal, tanto no que se refere a ensaiar os hinos, mas especialmente no exercício e aprendizado sobre técnica vocal. A outra oficina, coordenada por Lucas Fhühauf e auxiliado pelo P. Evandro e por René da Escola Popular da igreja da Alemanha, na parte de percussão, trabalhou o arranjo instrumental das 10 canções. O grupo vocal fazia sua prática acompanhada pelo delicioso cheiro do preparo das refeições, no refeitório e o grupo instrumental na Capela do Monte Sião. Foram dois blocos de uma hora em meia na parte manhã, intercalados por um intervalo gostoso acompanhado de sucos, frutas e bolos.

Antes do almoço de sábado ainda nos reunimos todos em plenária para a Reflexão Temática. Fazendo um “trocadilho” com o tema do Ano da IECLB, o tema da oficina foi “COMUNIDADE MUSICAL – IGREJA VIVA”. Pastor Evandro trouxe uma reflexão provocante, perguntando por qual o perfil de uma comunidade musical e como esta comunidade musical conduz a uma igreja viva e atuante valorizando os dons e talentos musicais e em especial os/as musicistas. Apresentou resultado de uma pesquisa que realizou, com base em dados das publicações de vagas ministeriais no site da IECLB de maio de 2011 a março de 2012. Ao todo foram 103 vagas publicadas e pesquisadas, contemplando os 18 Sínodos da IECLB. As perguntas e buscas centrais foram: o que é apresentado em termos de “ESPECTATIVA E PRIORIDADE” ao/a ministro/a candidato relacionado à música? E o que consta referente a MÚSICA no “PERFIL DO/A OBREIRO/A” em cada uma das vagas divulgadas? Alguns dados surpreenderam a todos e levaram a uma reflexão séria e profunda sobre a visão de igreja e do ministério de música presente em boa parte das Comunidades da IECLB e suas lideranças. Em 60% das vagas constam alguma expectativa referente à música ligados ao perfil esperado pelo Ministro/a, em especial Pastor/a. As expectativas e prioridades relacionadas à música (presentes em 18 vagas) vão desde “coordenar e ensaiar o coral infantil” até o “incentivo à musica”, passando por “trabalho com canto e instrumento musical”. Como “perfil” (55 citações) havia referencia a cinco categorias ou níveis de habilidade musical esperadas do/a candidato/a: “que toque algum instrumento musical”, “canto e instrumento musical”, só “canto”, “habilidade musical” e “goste e incentive a música”. Ao final da exposição e reflexão P. Evandro desafiou os/as “oficineiros/as” a sonharem e imaginarem como seria a publicação de vaga se existisse na IECLB o/a ministro/a de música devidamente habilitado/a e ordenado/a como tal. O exercício foi animador e desafiador. Apontou que a IGREJA VIVA que desejamos pede uma valorização maior da música e seus musicistas e uma ampliação e valorização maior desta vocação e deste ministério.

Com mais uma parada deliciosa para o almoço, nossa forças foram redobradas para a tarde de sábado que seguiu com mais um espaço para as oficinas. No final da tarde e após o jantar já era hora de juntar os dois grupos e começar a ver o que havia sido produzido em cada oficina e como as coisas iam se fechando para o “grand finale” no culto de domingo. O exaustivo e dedicado trabalho do dia não foi empecilho para uma animada confraternização ao final da noite antes de cada um se recolher para descanso.

Domingo acordamos cedo para o café da manhã e já nos juntamos em caravana “amontoados” nos carros entre partituras, instrumentos, sacolas e malas até a comunidade Quero-Quero. Lá, antes do culto, fizemos o aquecimento, o último ensaio e celebramos o culto encaixando os 10 hinos à liturgia, desde o prelúdio, passando pela confissão de pecados, o Glória e a leitura da palavra até o Pai Nosso além de alguns hinos temáticos. A marca musical foi uma nova roupagem, em estilos musicais regionais, a velhos e conhecidos hinos de nosso repertório luterano. A marca teológica foi uma profunda teologia pascal coberta por uma forte espiritualidade luterana.

Fechando o evento, a Comunidade local ofereceu um saboroso “galeto ao primo canto”. E para completar a riqueza teológica e musical deste final de semana, todos foram convidados a assistir no templo novamente as apresentações do 3º Encontro de Coros Infanto-Juvenil do Sínodo Paranapanema.

Numericamente não foi o que esperávamos de presença, mas em qualidade, dedicação e interesse, os/as oficineiros/as e assessores/as superaram em muito... Parabéns a todos/as!!!

(na foto todos/as integrantes da Oficina com seus certificados de participação em mãos)

ASSINTEC: ASSEMBLÉIA GERAL E MANIFESTO

No dia 2 de janeiro de 2013 a ASSINTEC completará 40 anos. No último dia 29 de março, sua missão e representação foram renovadas com a eleição da Diretoria (Gestão 2012-2013). A Assembléia Geral Ordinária, reconhecendo o ótimo trabalho que tem sido desenvolvido até aqui, recolocou o atual grupo de trabalho à frente da Associação por mais um período. O Pe. Chiquim a continuará presidindo. Minha contribuição seguirá como vice-tesoureiro. Integro a ASSINTEC praticamente desde que cheguei em Curitiba (2003). Acompanhei sua revitalização quando em março de 2005 aprovamos seu novo Estatuto, adequando-o a nova LDB e habilitando-se como entidade civil de caráter educativo e cultural que promove o ensino religioso de forma a acolher a diferentes tradições religiosas no Paraná. Sete anos depois sentimos a necessidade de nos "reapresentarmos" trazendo à memória nossa caminhada e compromisso. E o fizemos através deste

MANIFESTO

O Ensino Religioso no Estado do Paraná

A ASSINTEC (Associação Inter-Religiosa de Educação) é uma entidade civil que congrega Tradições Religiosas, de matriz indígena, afro-brasileira, oriental e ocidental, nos seus diversos segmentos. Fazem parte desta associação: Aldeia Indígena Araçaí, Budismo Tibetano, Centro Ramakrishna Vedanta de Curitiba, Fé Bahá´í, Federação Espírita do Paraná, Judaísmo, Islamismo, Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Ecumênica da Religião de Deus, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Messiânica Mundial do Brasil, Igreja Ortodoxa Ucraniana, Igreja Presbiteriana do Brasil, Religiões Afro-Brasileiras Candomblé e Umbanda e Seicho-No-Ie do Brasil. Assim, a ASSINTEC é a entidade que representa a diversidade religiosa presente em nosso Estado, conforme preconiza o Art. 33 de Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional/96 com sua nova redação, Lei N.º 9.475.

Além da diretoria e corpo representativo das diferentes tradições religiosas e místico-filosóficas, a associação conta também com uma equipe técnico-pedagógica formada por professores com formação acadêmica na área do Ensino Religioso.

Princípios que defendemos:

“Existimos como entidade civil livre, aberta, equitativa e democrática.

Reconhecemos a diversidade e universalidade do fenômeno religioso.

Defendemos que nenhum indivíduo será discriminado, constrangido ou censurado por causa de sua fé, de suas crenças ou práticas religiosas.

Preconizamos o diálogo inter-religioso como meio eficaz de manter o espírito de alteridade e respeito às diferenças.

Objetivamos o cumprimento da Lei N.º 9.475/97 que regulamenta o Ensino Religioso nas escolas do Brasil.

Reconhecemos que os conteúdos do Ensino Religioso devem ser tratados como área de conhecimentos, indispensáveis à formação do ser humano, e presentes nas diferentes tradições culturais religiosas, espirituais e místicas.

Repudiamos qualquer forma de proselitismo no âmbito educacional.

Contribuímos para que o Ensino Religioso seja mais um instrumento na construção da cidadania e de um mundo melhor, inspirando culturas de paz, justiça e solidariedade entre todos os povos”.

Historicamente o Paraná é o Estado pioneiro no processo de escolarização e implantação do Ensino Religioso nas escolas públicas como disciplina integrante da grade curricular.

É oportuno lembrar que a nova redação do Art. 33 da LDBEN/96, conforme Lei N.º 9.475 de 22 de julho de 1997, bem como a defesa da mesma foi incumbência dos parlamentares do Estado do Paraná para que este texto fosse aprovado pelo Congresso Nacional.

Ao longo desta caminhada, produzimos material como: Diretrizes Curriculares, Cadernos Pedagógicos, Material de Apoio aos professores, Formação continuada e produção de livros diversos.

Porém, em alguns momentos a mídia veicula inverdades a cerca do Ensino Religioso, e ignora deliberadamente a trajetória de Estados como o Paraná, desconsiderando o trabalho feito pelo mesmo e tratando o tema de modo equivocado, sendo assim, fica o nosso repúdio à forma como o Ensino Religioso vem sendo discutido pela mídia nacional.

Reafirmamos que no Paraná o Ensino Religioso é uma disciplina normal presente na matriz curricular e tem a mesma consideração dada às demais disciplinas. Ele contempla o conhecimento religioso, com foco no sagrado e pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas; advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da humanidade, e em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto, o Ensino Religioso, nesta perspectiva, contribui para superar a desigualdade étnico-religiosa e garante o direito constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme Art. 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira.

No Paraná, o Ensino Religioso busca propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, pois essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa brasileira.


ASSINTEC – Associação Inter-Religiosa de Educação

Rua Máximo João Kopp, 274 – CEP 82.630-000 – Curitiba – PR

F. 0XX 41 3251-6542 - assintecpr@yahoo.com.br - www.assintec.org.br

(A foto registra e celebra o encerramento da AGO com todos/as presentes no dia 29/03/2012)