terça-feira, 27 de março de 2012

FILHOS: HERANÇA E PRESENTE

19 de março de 2012. Este dia vai ficar marcado na história de nossa família Jaeger-Meurer em Curitiba, especialmente por dois motivos: nosso filho iniciou seus estudos na UFPR e nossa filha desembarcou de volta ao Brasil.
Quando o salmista afirma que "OS FILHOS SÃO UM PRESENTE DO SENHOR; ELES SÃO UMA VERDADEIRA BENÇÃO."(Salmo 127.3) ele com certeza deveria ter tido pelo menos uma filha mulher que viveu e cresceu 18 anos com ele e depois "criou asas" e foi morar no exterior por 5 anos. Ele deve ter tido também um filho homem que viveu e cresceu por 17 anos e nove meses no ninho familiar, e vencendo ano-ano seus estudos, "criado assas" e, superando todas as expectativas e palpites, ingressa numa Universidade Federal Brasileira.
Obrigado queridos filhos por existirem! Obrigado esposa querida, por fazer parte desta gestação e gestão paterno-materna.
Obrigado amigos e amigas por se alegrarem conosco!!!

sábado, 17 de março de 2012

MOVIMENTANDO O MOVEC

Nesta última 5ª feira voltei novamente a minha função de representante da IECLB/Sínodo Paranapanema no MOVEC=MOVIMENTO ECUMÊNCIO DE CURITIBA – REGIONAL DO CONIC=CONSELHO NACIONAL DE IGREJAS CRISTÃS. Em 2006 assumi esta tarefa e também passei a me beneficiar desta bela convivência fraterna. Em 2011 havia entregado a função a outro colega, mas este acabou precisando me devolvendo-la agora. Assumo com alegria. Ela está coerente com minha caminhada ecumênica que é de longa data, mas, no entanto, talvez, não tão conhecida:

- No meu primeiro pastorado no Rio Grande do Sul movimentamos a Associação de Pastores Evangélicos de Caxias do Sul e apoiamos as equipes de Ensino Religioso Interconfessional em nível de DE (Nova Petrópolis)

- Em Santa Catarina - Luzerna (Joaçaba-Erval do Oeste e região do Rio do Peixe) estive sempre acompanhando o CIER;

- Em São Leopoldo fundamos o SELEO, firmando com Estatuto a longa caminhada ecumênica naquela cidade e estávamos muito engajados ecumenicamente nas lutas sociais e na formação com as CEBs , CECA e CEBI.

- Em Curitiba, nestes 9 anos, estou colaborando e ainda presente na Diretoria da ASSINTEC, no Diálogo Inter-Luterano – onde criamos recentemente a CID-Curitiba. A Coordenação (partilhada) do MOVEC por 5 anos, por conseqüência, me levou a SP (no Congresso sobre Missão do CONIC), a Brasília (no Seminário de Planejamento Estratégico do CONIC) e mais recentemente a São Leopoldo no Mutirão Ecumênico-Sulão VI (agosto de 2011)

Em nossa última reunião regular abraçamos mais uma vez a SOUC=SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS. Já com os cadernos em mãos e muita animação no coração a equipe reunida organizou a distribuição das noites em cada uma das igrejas hospedeiras e o pregador hospede convidado. A divulgação será feita por uma carta-convite com toda a programação. Além disso, planejamos a Páscoa Ecumênica deste ano. Vamos refletir sobre o tema “Saúde: cruz e ressureição”. Um grande desafio que está a nossa frente é a organização do MUTIRÃO ECUMÊNICO-SULÃO VII que nos ocupará bastante até 2013 compondo a Equipe Executiva deste evento.

Vivemos assim MOVIMENTADOS PELO MOVEC e MOVIMENTANDO O MOVEC através de suas ações e missão. Dando e recebendo em fé como Agostinho desejou: "Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade."

Na foto estão da esquerda para direita: Paulo Cesar (pela Pastoral da Criança da ICAR), eu e o P. Dari (pela IECLB), Rosangela e Jose (pelo Focolares), Pe. James (pela ICAR) e Geni (Focolares). Não puderam participar da reunião, mas integram o MOVEC Rev. Flávio (IEAB), Ramon (ICAR) e Joarez (CEBI-CTBA).

domingo, 11 de março de 2012

SAÚDE, SUS E SAUDADE

Em reação ao desafio do Grupo de Jovens JEDIDIÁ (Paróquia Sto. Antonio Maria Claret-ICAR) “BOMBARDEANDO AS REDES-Campanha de Mobilização da Redes Sociais em prol do Tema da Campanha da Fraternidade 2012” (proposto ontem às 21:00 h) ouso agregar umas rápidas linhas.

Um hino luterano contemporâneo, mas que já faz parte da hinódia ecumênica [chamado “Jesus Cristo, esperança para o mundo” - de autoria de Edmundo Reinhardt e João Gottinari (Música) e Silvio Meincke (Letra)] tem nos feito cantar e orar muitas vezes assim: (com um pequeno adendo meu entre parênteses)

3. Saudade da terra sem males,

do Éden de plumas e flores,

da paz e justiça irmanadas

num mundo sem ódio nem dores. (nem doença!)

4. Saudade de um mundo sem guerras,

anelos de paz e inocência:

de corpos e mãos que se encontram,

sem armas, sem morte, violência.(doença!)

Nestes mais de 20 anos de criação do SUS=Sistema Único de Saúde (fruto da nova Constituição Federal Brasileira de 1988), consolidado pela Lei Orgânica da Saúde nº8080(1990), constato, como simples cidadão brasileiro-observador, avanços, retrocessos e estagnações. Este últimos, caricaturados pelo criativo trocadilho popular de “SUSto”. Os avanços, pouco reconhecidos e divulgados na verdade, ligados aos seus princípios doutrinais (universalidade, integridade, equidade) e organizacionais (regionalização, hierarquização, descentralização, racionalização, resolução e complementariedade do setor privado). Novos paradigmas que devem ser almejados, construídos e monitorados pelos Conselhos e pelas Conferências da Saúde.

Não há como negar que o binômio “doença-saúde” faz parte do gênero humano desde a narrativa do Éden, passando pela missão curadora de Jesus (Lucas 4.18-19) e se mantendo até nossa dialética vivência atual. Mas em especial neste ano a reflexão e ação sobre SAÚDE se renova, quando nossos/as irmãos/ãs católicos/as levantam o tema “A Fraternidade e Saúde Pública”. Do riquíssimo Texto Base da campanha (http://www.vicariatonorte.org.br/arq_downloads/cf2012_textobase.pdf) me chama atenção o capítulo 22 que, a partir da Doutrina Social da Igreja, levanta princípios que oferecem base para uma reflexão oportuna sobre as responsabilidades no campo da saúde, defendendo que:

“ Se é dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos, é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que, por meio de hábitos saudáveis e de exames preventivos, contribua para evitar as doenças. Se cabe ao Estado providenciar toda a assistência médica aos enfermos, cabe à família o acompanhamento dedicado e carinhoso aos seus que adoecem. A família, o Estado e a Igreja (e outras ONGs acrescentaria eu!) têm funções distintas, mas complementares no processo de tratamento de seus membros adoecidos.”

PORTANTO VAMOS JUNTOS/AS NESTA

CANTANDO, ORANDO E AGINDO PARA QUE

“Venha teu Reino, Senhor!

A festa da vida recria!

A nossa espera e ardor

transforma em plena alegria.”


“Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.

Guiai a vossa Igreja, para que ela,

pela conversão se faça sempre mais,

solidária às dores e enfermidades do povo,

e que a saúde se difunda sobre a terra.

Amém.”


“Tu, que vieste pra que todos tenham vida,

Cura teu povo dessa dor em que se encerra;

Que a fé nos salve e nos dê força nessa lida,

E que a saúde se difunda sobre a terra!"

quinta-feira, 8 de março de 2012

CREDO DA MULHER


Creio em Deus, que criou a mulher e o homem à sua imagem, que criou o mundo e recomendou aos dois sexos o cuidado da terra.(Gn 1-2)

Creio em Jesus, filho de Deus, nascido de uma mulher, Maria, que escutava as mulheres e as apreciava, que morava em suas casas e falava com elas sobre o Reino, que tinha mulheres discípulas que o seguiam e o ajudavam com seus bens. (Mt 27.55; Lc 10.38)

Creio em Jesus, que falou de teologia com uma mulher junto a um poço, e lhe revelou, pela primeira vez, que ele era o Messias, que a motivou a ir e contar as grandes novas à cidade. (Jo 4.7ss)

Creio em Jesus, sobre quem essa mulher derramou perfume em casa de Simão, que repreendeu aos homens convidados que a criticavam; creio em Jesus, que disse que essa mulher seria lembrada pelo que havia feito: servir a Jesus. (Mt 26)

Creio em Jesus, que curou uma mulher no sábado, e lhe restabeleceu a saúde, porque era um ser humano. (lc 13.10ss)

Creio em Jesus, que comparou Deus com uma mulher que procurava uma moeda perdida, com uma mulher que varria, procurando sua moeda. (lc 15.8 ss)

Creio em Jesus, que considerava a gravidez e o nascimento com veneração, não como um castigo, mas como um acontecimento desgarrador, uma metáfora de transformação, um novo nascer da angústia para a alegria. (Mt 24.8; Jo 3.4s)

Creio em Jesus, que se comparou à galinha choca que abriga os seus pintinhos debaixo de suas asas. (Mt 22.37)

Creio em Jesus, que apareceu primeiro à maria madalena e a enviou a transmitir a assombrosa mensagem da ressurreição: ide e contai. (Lc 24)

Creio na universalidade do Salvador, em quem não judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher, porque todos somos um na salvação. (Gl 3.28)

Creio no Espírito Santo, que se move sobre as águas da criação e sobre a terra.

Creio no Espírito Santo, o espírito feminino de Deus, que nos criou, e nos fez nascer, e qual uma galinha nos cobre com suas asas.

(a foto é um registro que fiz de um encontro - um tanto raro - das meurer's de nascimento e as que carinhosamente chamamos de "agregadas". Novo Hamburgo/RS, 26.02.12, data do meu 52º aniversário)

sexta-feira, 2 de março de 2012

ARCO-ÍRIS DE AMIG@S

Tenho muitas e boas lembranças do ARCO-ÍRIS em minha vida. Mas amanhecer este 26 de fevereiro (na casa onde nasci) com a memória de Genesis 9 no "Castelo Forte 2012" foi muito especial. Desde a infância ver o ARCO-ÍRIS no céu era alegria, euforia, motivo para se parar o que estava fazendo para admirá-lo, contemplá-lo. Certa vez eu até estive bem perto do “pote/baú de ouro”, mas daí o ARCO-ÍRIS ele se esvaiu...
A história bíblica de Noé, que culmina com o ARCO-ÍRIS, me marcou tanto que até virou composição musical: “Bugio na Arca”(1989). Na quarta estrofe canto assim:

“Pelo arco-da-aliança Deus promete e vai cumprir.

Nunca mais, por dilúvio esta terra destruir.

Mas olhando para os pagos vejo tanto confusão

Tem patrões, tem peões, esquecendo a lição.”

Em meu primeiro pastorado (Caxias do Sul/RS-1987-1991) o ARCO-ÍRIS virou até proposta de estruturação de um Planejamento Estratégico, um Plano de Missão da Igreja(PAMI) que já ensaiávamos nas práticas de Pastoral Urbana pela IECLB. Cada letra da palavra ARCO identificava um eixo do Plano de Ação: Ação Social, Reflexão Bíblica, Comunhão Fraterna, Oração de Intercessão. Nestas quatro direções desafiávamos à identificações e despertar dos dons de cada um/a na Comunidade.

Mais recentemente (novembro de 2008) o ARCO-ÍRIS esteve ainda presente em forma de bandeira em um evento que organizamos chamado "Jornada Ecumênica". Lá ele foi símbolo do sonho e da possibilidade de convivência, em PAZ, na diversidade confessional. Mas amanhecer para um novo ano de vida, o 52º, a três dias de ficar “desempregado”, rememorando o ARCO-ÍRIS, foi confortante, animador e porque não um SINAL (Gn 9. 17). E com as palavras de lembrança e meditação da colega Sandra H.F. (autora da meditação no Castelo Forte naquele domingo) o recado ficou mais nítido ainda: “Esta é a característica de Deus: ele dá às pessoas a oportunidade de recomeçar, de reconstruir.”. A aliança de Deus(às vezes tarda conforme o nosso “cronos”, mas) é certa! E se mostra renovada pelas amizades, pelos familiares e por reencontros, abraços, fotos, almoços, sorvetes e até recadinhos carinhosos e atenciosos pela internet. OBRIGADO por você fazer parte do meu ARCO-ÍRIS de AMIGOS e AMIGAS. (Novo Hamburgo-RS-1º domingo da Quaresma de 2012).