sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FALAR DA LUZ

Até mesmo antes do Papai Noel, o que mais se sobressai nesta época de Natal são as LUZES. Que bom! Pois estas nos ajudam mais a preservar (ou resgatar?) o sentido do Natal do que o "Bom Velhinho". E neste sentido há uma sutil diferença que julgo oportuno destacar: entre ser luz e iluminar. A tendência humana e contemporânea é desejar ser luz. (Ainda a pouco li uma "chamada" jornalística dizendo mais ou menos asssim: que a "luz" de Neimar ofuscou o evento da FIFA no Japão - quando da coletiva à imprensa na abertura do Mundial de Clubes.) Mas o mais importante e "natalino", por assim dizer, é radiar a luz! É saber o seu lugar, a sua função em relação a luz. O escritor russo León Tolstói nos conta sobre "O rei que queria ver Deus" (veja na íntegra no Anuário Evangélico 2011, p. 142). "Havia certo rei, que tinha vivido e visto muitas coisas. Aí ele, a todo o custo, também queria ver Deus. E como ele exercia seu poder de modo absolutista, ditatorial, ele deu uma ordem aos seus sacerdotes e sábios que lhe possibilitasse realizar este desejo. E para tanto lhe deu um certo prazo de tempo. Naturalmente ningúem conseguiu antendê-lo. E todos já estavam tristes por causa do castigo que o rei iria lhes aplicar. Aí apareceu, vindo do campo, um pastor de ovelhas, que tinha ouvido falar daquela ordem do rei. Ele lhe disse: - Majestade, permita-me que eu cumpra o vosso desejo! - Está bem! - respondeu o rei, - mas lembra-te de que a tua cabeça estará em jogo! O pastor levou o rei a um lugar a céu aberto, e lhe mostrou o sol. - Olhe para ele! - disse o pastor. O rei ergueu os seus olhos e queria fitar o sol. Mas o seu brilho era forte demais, e por isso ele baixou a cabeça e fechou os olhos e disse ao pastor: - Tu queres que eu fique cego?! - Mas majestade - disse o pastor, - isto é apenas uma parte da criação, uma cópia pálida da grandeza de Deus, uma pequena centelha de uma fogueira de chamas. Como é que vossa majestade quer ver Deus com os seus olhos fracos e lacrimejantes? Procure a Ele com outros olhos. Esta ideia agradou ao rei."
Neste tempo de confusão de luzes, brilhos e buscas por cada um/a reluzir mais, é bom saber e desejar assimir o nosso distinto importante papel de "falar a respeito da luz". Proponho uma releitura bíblica do Evangelho de João (1.6-8) em que você vai substitur o nome João pelo seu nome... ou então você poderá também substituir pelo nome da instutição ou grupo que você trabalha ou colabora. Deste modo muitas confusões de papel ficarão dirimidas. Eu substitui pelo meu nome e ficou assim: "Houve um homem chamado Evandro, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. Evandro não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas." Um tempo de Natal muito iluminado e iluminador a todos e todas vocês. Fraternalmente P.Evandro

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